Que tal algumas dicas de onde começar o seu projeto de importação?
Primeiramente, se a finalidade da importação for para fins comerciais ou para industrialização, você obrigatoriamente vai precisar de uma empresa domiciliada no Brasil com CNPJ ativo. Atente-se para que o objeto social da empresa esteja condizente com os produtos que você pretende importar. Importações em nome de pessoa física só são permitidas para uso e consumo pessoal. Os tópicos a seguir são aspectos primordiais aos quais você tem que dar uma atenção especial ao decidir percorrer o caminho da importação: PRODUTO: Identifique a classificação tarifária dos produtos que você pretende importar. É através dela que você conseguirá fazer um levantamento prévio a respeito dos procedimentos para nacionalização na alfândega brasileira, quando da chegada das cargas ao País. Através da classificação do produto também será possível verificar os tributos incidentes no processo de nacionalização. FORNECEDOR: Sobre este aspecto, você pode buscar fornecedores que sejam fabricantes ou tradings. Existem algumas diferenças entre cada um deles que devem ser levadas em consideração. A primeira delas se refere aos testes do produto. Quando o seu fornecedor é um fabricante, é possível fazer testes durante o processo produtivo; já comprando de tradings você não consegue efetuar esta avaliação, pois normalmente essas empresas mantêm a carga em estoque já embalada para exportação. Por outro lado, o fato de elas terem carga em estoque prontas para o embarque, faz com que o prazo de entrega seja reduzido. Portanto, dependendo da urgência que você tenha, esta é uma opção a ser considerada. NEGOCIAÇÃO: Pois bem, você já sabe qual o produto quer importar e já identificou possíveis fornecedores no mercado internacional. Portanto, chegou a hora da negociação! É fundamental já conhecer os termos utilizados nas negociações internacionais: os INCOTERMS. Eles definem onde começa e onde termina a responsabilidade de cada uma das partes, comprador e vendedor. Lembre-se a negociação não se restringe apenas aos valores dos produtos, é importante negociar também as condições de pagamento e o prazo de entrega. Estes são pontos importantes para você montar o cronograma financeiro da operação de importação. Dependendo do produto envolvido, recomendamos que você também inclua na negociação as embalagens de forma que a escolha minimize custos adicionais no Brasil de reembalagem ou etiquetagem, no caso de produtos destinados a revenda. CUSTOS: Com base nos termos da negociação e nos detalhes do pedido, já conseguimos determinar os custos para importação. Os custos devem estar alinhados com o projeto completo de importação, ou seja, este projeto não pode finalizar com os custos no porto ou no aeroporto. Ele deve contemplar todos os custos até a entrega da carga no armazém ou fábrica do importador. Aqui na consultoria elaboramos um Projeto de Importação, que contempla, além do levantamento dos custos de importação, os procedimentos passo a passo, o fluxo financeiro e o fluxo operacional. Desta forma temos como avaliar a viabilidade do processo de importação em todos os seus aspectos (custo x prazo). Se o seu propósito é começar a importar, tenha em mente que os tópicos apresentados neste artigo são fatores que irão determinar, quando bem analisados e discutidos, o sucesso de toda a operação. Espero que tenha ajudado, mas o convido a acompanhar nossos artigos no nosso perfil do Linkedin na página “Dica de Comex”, esta e outras matérias estão disponíveis lá. Ah, e se você por acaso conhece alguém que pode se interessar por este conteúdo, eu o incentivo então a compartilhar esta matéria com esta pessoa. E se precisar de ajuda com sua importação, fique à vontade para me contatar. Será um prazer ajudá-lo. Marcia Hashimoto | Infolabor WhatsApp: (11) 99940-0945 LinkedIn: https://www.linkedin.com/in/marciahashimoto/
